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quinta-feira, 12 de junho de 2025

Estatísticas recentes indicam excesso de partos cesariana em Hospitais particulares.

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 No Brasil, a proporção de partos cesarianas é significativamente alta, superando os partos normais. Os dados mais recentes apontam para um cenário de mais de 50% de cesarianas em relação ao total de partos.

Dados recentes indicam:

Em 2021, cerca de 57,0% dos nascimentos no Brasil ocorreram por cesariana.

Entre 2017 e 2022, 56,66% dos nascimentos no Brasil foram por cesariana.

Para o setor de saúde suplementar (planos de saúde), esse percentual é ainda maior, chegando a aproximadamente 81,76% em 2021 e 84,0% em 2020, com dados de 2019 apontando para 84,76% de cesarianas em partos realizados por planos de saúde.

Consequentemente, a porcentagem de partos normais é a diferença para 100%. Ou seja, se cerca de 57% dos partos são cesarianas, aproximadamente 43% são partos normais. No setor privado, onde as cesarianas são a grande maioria, a taxa de parto normal é muito menor.

É importante notar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a taxa de cesarianas não ultrapasse 10% a 15% dos partos, pois taxas acima desse patamar não demonstram benefícios adicionais para a saúde materna e neonatal, e podem até aumentar os riscos. O Brasil, infelizmente, se destaca como um dos países com as maiores taxas de cesariana do mundo.

Esses dados vêm de fontes como o Ministério da Saúde (através do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e refletem a complexidade do cenário obstétrico brasileiro, com fatores como a preferência cultural por cesarianas e o modelo de atenção à saúde contribuindo para esses números.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Casa Angela - Referência em Parto Humanizado em São Paulo e no Brasil.

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A Casa Angela é amplamente reconhecida como uma referência em parto humanizado no Brasil, especialmente na cidade de São Paulo.

Aqui estão alguns pontos que confirmam essa referência:

  • Pioneirismo e História: A Casa Angela é uma iniciativa da Associação Comunitária Monte Azul e foi inspirada no trabalho da parteira alemã Angela Gehrke da Silva, uma das pioneiras da humanização do parto no Brasil, na década de 1980. A atual Casa Angela foi inaugurada em 2009.
  • Modelo de Assistência Integral: Oferece um modelo de assistência humanizada e de qualidade na gestação (com pré-natal), no parto e no primeiro ano de vida do bebê (com ambulatório de aleitamento materno e puericultura).
  • Foco no Parto Fisiológico: Atende gestantes de baixo risco, incentivando a autonomia da mulher, a liberdade de movimento, a escolha da posição para o parto e o uso de métodos naturais de alívio da dor.
  • Reconhecimentos e Prêmios: A própria Casa Angela destaca em seu site que é "referência em parto humanizado no Brasil" e lista prêmios e reconhecimentos que recebeu.
  • Convênio com o SUS: Desde 2015, a Casa Angela tem convênio com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, o que permite que gestantes usuárias do SUS recebam atendimento gratuito.
  • Resultados e Números: Atingiu a marca de 4 mil partos realizados, o que demonstra a consolidação de seu trabalho e a confiança das gestantes em seus serviços.
  • Redução de Cesarianas: Contribui para a redução das taxas de cesarianas, oferecendo uma alternativa humanizada ao modelo hospitalar tradicional.
  • Formação e Pesquisa: Possui um Núcleo de Pesquisa, Ensino e Consultoria (NUPEC) que busca ampliar o impacto e a visibilidade das ações de humanização do parto, produzindo conhecimento e multiplicando seu modelo de assistência.

É importante notar que, como em qualquer serviço de saúde, podem existir diferentes opiniões e experiências individuais, e uma pesquisa da USP mencionou relatos de  possíveis vieses no atendimento. No entanto, o reconhecimento geral da Casa Angela como um centro de excelência em parto humanizado é amplamente estabelecido no cenário brasileiro.

Quer conhecer mais sobre a  Casa Ângela, Centro de Parto Humanizado visite o site oficial:

https://www.casaangela.org.br/

sexta-feira, 30 de maio de 2025

O que mudou na obstetricia no Brasil, nas UBS, AMAS e principalmente no SUS?

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Na última década e meia, a obstetrícia na saúde pública brasileira, integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e com a participação de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, em menor grau, das Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), passou por mudanças significativas, buscando aprimorar a qualidade, a humanização e a integralidade da assistência.

O papel do SUS na Obstetrícia

O SUS é o pilar da assistência obstétrica no Brasil, garantindo o acesso universal e gratuito. As principais mudanças e avanços no SUS, especialmente influenciadas por políticas como a Rede Cegonha, instituída em 2011, incluem:

  1. Humanização do Parto e Nascimento:

    • Foco no protagonismo da mulher: Houve um esforço para reduzir a medicalização excessiva do parto e promover a autonomia da mulher, incentivando práticas baseadas em evidências. Isso inclui o estímulo à liberdade de posição durante o trabalho de parto, uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, e o respeito à fisiologia do nascimento.
    • Direito ao acompanhante: A Lei nº 11.108/2005, anterior ao período, foi reforçada pela Rede Cegonha, garantindo o direito da gestante de ter um acompanhante de sua escolha durante todo o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
    • Contato pele a pele e amamentação na primeira hora: Práticas como o contato pele a pele imediato entre mãe e bebê após o nascimento e o estímulo à amamentação na primeira hora de vida tornaram-se rotina incentivada nas maternidades do SUS.
  2. Qualificação do Pré-Natal:

    • Acesso e captação precoce: O SUS tem buscado ampliar o acesso ao pré-natal, incentivando a captação precoce da gestante (no primeiro trimestre) nas UBS.
    • Calendário de consultas e exames: O Ministério da Saúde estabelece um calendário de consultas e exames essenciais para o acompanhamento da gestação, buscando a detecção precoce de riscos e intercorrências. A Caderneta da Gestante é um instrumento fundamental para o registro e acompanhamento.
    • Estratificação de risco: Há uma orientação para a estratificação do risco gestacional (habitual, intermediário, alto risco) para que cada gestante receba o cuidado adequado no nível de atenção correto, evitando a suboferta para casos graves e a superoferta de intervenções para casos de baixo risco.
    • Educação em saúde: As UBSs são orientadas a realizar ações educativas (individuais e em grupo) sobre a gestação, parto, amamentação, cuidados com o recém-nascido e planejamento reprodutivo.
  3. Vínculo e Regionalização:

    • Vinculação à maternidade de referência: Uma das diretrizes da Rede Cegonha é que a gestante conheça a maternidade onde terá seu parto durante o pré-natal, por meio da "visita de vinculação", proporcionando segurança e reduzindo a peregrinação.
    • Organização das Redes de Atenção: O SUS busca organizar as redes de atenção à saúde materna e infantil, garantindo fluxos de referência e contrarreferência entre a Atenção Primária (UBS) e a Atenção Especializada (maternidades e hospitais).
  4. Redução da Mortalidade Materna e Infantil:

    • Apesar dos desafios, os esforços do SUS, por meio de diversas políticas e programas, visam a redução das taxas de mortalidade materna e neonatal, com foco na prevenção de causas como hemorragias, hipertensão gestacional e infecções.

O papel da UBS (Unidade Básica de Saúde)

As UBSs são a porta de entrada preferencial da gestante no SUS e desempenham um papel central na obstetrícia da atenção básica:

  • Realização do pré-natal de baixo e médio risco: A maior parte do acompanhamento pré-natal de gestantes de risco habitual e intermediário é realizada nas UBSs por equipes multiprofissionais (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde).
  • Captação precoce: São responsáveis por identificar as gestantes em sua área de abrangência e incentivá-las a iniciar o pré-natal.
  • Solicitação de exames e acompanhamento: Coletam exames de rotina, realizam testes rápidos (sífilis, HIV), administram vacinas e fornecem suplementação de ferro e ácido fólico.
  • Orientações e educação em saúde: Oferecem informações sobre os sinais de risco, alimentação, atividade física, amamentação, e outros aspectos da gestação e puerpério.
  • Vínculo com a referência hospitalar: São o elo entre a gestante e os serviços de maior complexidade, como maternidades, por meio do sistema de referência.
  • Apoio ao puerpério e aleitamento materno: O acompanhamento continua no pós-parto, com foco na saúde da puérpera e do recém-nascido, incluindo o incentivo e suporte ao aleitamento materno.

O papel das AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais)

As AMAs, especialmente as AMAs Especialidades (ou AEs), não têm um papel direto na assistência obstétrica de rotina. Elas atuam como um apoio e retaguarda para as UBSs, oferecendo consultas com especialistas (como ginecologistas, mas geralmente não obstetras de rotina para pré-natal) e exames de apoio diagnóstico de média complexidade, que podem ser solicitados pela UBS para casos específicos.

  • Não realizam pré-natal de rotina ou partos: As AMAs não são unidades primárias para acompanhamento gestacional nem para partos.
  • Atendimento a intercorrências ginecológicas: Podem atender casos ginecológicos que, em outras situações, poderiam estar relacionados à saúde reprodutiva da mulher, mas não diretamente à gestação ou parto.
  • Apoio diagnóstico: Realizam exames complementares que as UBSs não oferecem, para auxiliar no diagnóstico de condições que podem afetar a gestação, mas o encaminhamento e o acompanhamento primário continuam sendo da UBS.

Desafios e Perspectivas

Apesar dos avanços e das políticas, o SUS ainda enfrenta desafios na obstetrícia, como:

  • Altas taxas de cesarianas: O Brasil ainda possui uma das maiores taxas de cesarianas do mundo, inclusive no setor público, embora a Rede Cegonha e outras iniciativas busquem incentivar o parto normal.
  • Disparidades regionais: O acesso e a qualidade da assistência podem variar significativamente entre as regiões e municípios do país.
  • Infraestrutura e recursos humanos: Em algumas localidades, a infraestrutura das UBSs e maternidades, bem como a disponibilidade de profissionais especializados, ainda é um gargalo.

Em resumo, a obstetrícia na saúde pública brasileira tem evoluído no sentido de uma assistência mais humanizada, integrada e com maior foco na atenção primária e na prevenção. As UBSs são a base dessa transformação, enquanto as AMAs desempenham um papel de apoio em outras especialidades

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