No Brasil, a proporção de partos cesarianas é significativamente alta, superando os partos normais. Os dados mais recentes apontam para um cenário de mais de 50% de cesarianas em relação ao total de partos.
Dados recentes indicam:
Em 2021, cerca de 57,0% dos nascimentos no Brasil ocorreram por cesariana.
Entre 2017 e 2022, 56,66% dos nascimentos no Brasil foram por cesariana.
Para o setor de saúde suplementar (planos de saúde), esse percentual é ainda maior, chegando a aproximadamente 81,76% em 2021 e 84,0% em 2020, com dados de 2019 apontando para 84,76% de cesarianas em partos realizados por planos de saúde.
Consequentemente, a porcentagem de partos normais é a diferença para 100%. Ou seja, se cerca de 57% dos partos são cesarianas, aproximadamente 43% são partos normais. No setor privado, onde as cesarianas são a grande maioria, a taxa de parto normal é muito menor.
É importante notar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a taxa de cesarianas não ultrapasse 10% a 15% dos partos, pois taxas acima desse patamar não demonstram benefícios adicionais para a saúde materna e neonatal, e podem até aumentar os riscos. O Brasil, infelizmente, se destaca como um dos países com as maiores taxas de cesariana do mundo.
Esses dados vêm de fontes como o Ministério da Saúde (através do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e refletem a complexidade do cenário obstétrico brasileiro, com fatores como a preferência cultural por cesarianas e o modelo de atenção à saúde contribuindo para esses números.