Distúrbios de fala são comuns mas a demora em identificá-los compromete a vida escolar.
Amaieio, Figulinha.
Muita gente acha graça quando ouve uma criança falando assim. Mas até quando é normal os pequenos se enrolarem com as palavras?
A fala é um processo que começa muito cedo e vai se aperfeiçoando durante toda a infância. Cada um tem um ritmo diferente para esse desenvolvimento, mas, se trocas e omissões de sons permanecem depois dos 3 anos, isso pode se tornar um problema no futuro, como dificuldades na alfabetização, por exemplo.
Os sons mais complicados de serem pronunciados são os com "r" (pare, barco, presente) e as palavras com "l" associado a outros sons (placa, bloco, planta). Estes são uns dos últimos fonemas a serem adquiridos no inventário fonético da criança.
"É a Fala do Adulto mais evoluída, que permite que a aquisição da linguagem progrida"
Comunicar-se de uma maneira infantilizada com a garotada só atrapalha.
Quando eles pedirem a "mamadela", os pais devem dizer: "você quer a sua mamadeira?". Dessa forma a criança vai construindo referências. É a fala do adulto, mais evoluída, que permite que a aquisição da linguagem progrida. Afinal, crianças aprendem a falar, falando e os pequenos repetem o que ouvem.
Nos últimos anos o diagnóstico das dificuldades de fala tem sido feito cada vez mais precoce devido ao fato de as crianças estarem se alfabetizando mais cedo e, dessa forma, são mais exigidas.
O tempo de uma consulta com o pediatra por vezes é curto demais para flagrar todos os problemas de fala, além disso, na presença do médico, muitas crianças ficam intimidadas e mudas. Por isso é importante que os pais levem suas dúvidas e alertas no dia da consulta, sem esperar, em silêncio, que o especialista note algo diferente na hora do exame.
Fonte: http://saude.abril.com.br
Filhos: da gravidez aos 2 anos de idade - Sociedade Brasileira de Pediatria - Ed. Manole
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