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sábado, 16 de outubro de 2021

TDAH - Hiperatividade ou Falta de Limites

 Hoje em dia é necessário fazer esse questionamento antes de suspeitar que uma criança seja hiperativa. Com a intensa rotina de trabalho dos pais, o tempo com os filhos fica diminuído e é comum que nestes momentos eles sejam mais permissivos com as crianças. A maioria das pessoas que passa muito tempo longe da criança, não quer fazer o papel considerado "chato" de dizer não e colocar limites. Todo mundo quer ser legal a maior parte do tempo. Mas isso é um perigo.

O Limite tem que ser dado pelos pais. Não adianta a avó, a babá ou a professora tentar fazer esse papel, pois as crianças sabem quem são os seus responsáveis e cada um tem a sua função. Não é recomendável que ninguém assuma o papel de ninguém.

Muitas vezes a criança age de maneira impulsiva, porque não aprendeu a controlar os seus próprios impulsos. Às vezes, é agitada, porque não aprendeu que é desnecessário ter pressa para aproveitar todas as situações novas como se fossem as suas últimas possibilidades de diversão. Outras vezes é agressiva, porque acha que não há problema algum em agredir um amiguinho, correspondendo ao seu desejo imediato. Em muitos casos ela acaba sendo taxada indevidamente de hiperativa.

O transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um problema muito sério e um diagnóstico que requer muito cuidado. Recomenda-se que a criança seja observada por um psicólogo clínico infantil e avaliada por um neuropediatra e um psiquiatra.

Ao suspeitar que uma criança possa ter transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, durante seis meses consecutivos, observe se ela apresenta as seguintes características:

-apresenta movimentação constante, mexendo em tudo sem motivo aparente;

-tem dificuldade para envolver-se em brincadeiras;

-é muito impaciente e muda de atividade com frequência;

-na sala de aula, levanta-se da cadeira em momentos impróprios;

-não consegue permanecer sentada para assistir televisão por mais de quinze minutos;

-apresenta incapacidade para focar a atenção nas atividades;

-fala demais e rápido, mudando sempre de assunto sem concluir o pensamento;

-não tolera frustração e tem dificuldade em acatar ordens;

-tem pouca noção de perigo;

-distrai-se com facilidade e não termina a tarefa no tempo previsto;

-sente dificuldade em relacionar-se com familiares e amigos;

-apresenta baixa auto estima.

Geralmente, o tratamento da hiperatividade combina psicoterapia e medicamento, além de um redirecionamento da energia da criança, que deve se voltar para esportes e cursos que sejam dinâmicos.

Este distúrbio é considerado um desvio de comportamento, é mais comum em meninos e atinge 10% das crianças da educação infantil. Felizmente, boa parte das crianças sem limites e desatentas não apresenta o distúrbio.

 Por que isto acontece?

Com os hiperativos há uma desordem bioquímica, provocada pela baixa produção ou pelo menor reaproveitamento dos neurotransmissores nas regiões do cérebro responsáveis pelo nível de atenção, controle das emoções e do sono. Em geral, há também uma origem genética, com casos parecidos na família.

O primeiro e maior desafio é realizar o diagnóstico precoce, pois ainda não existe um exame laboratorial ou de imagem que comprove o problema. Só uma equipe multidisciplinar consegue avaliar o grau da disfunção.

Diagnosticar um transtorno tão grave como este virou moda. Em vários casos, os adultos não conseguem colocar limites e as crianças são rotuladas de hiperativas. Costumam sofrer com a agenda lotada, falta de espaço físico para brincar e descarregar suas energias e com o pouco tempo disponível dos pais. Nestes casos é recomendável que a criança faça psicoterapia para que os pais possam ser orientados a como lidar com suas dificuldades de comportamento e para que a rotina familiar seja reorganizada.

Enquanto muitas crianças agitadas ou bagunceiras são tachadas de hiperativas, equivocadamente, e podem sofrer com esse rótulo, outras, hiperativas de verdade apresentam o distúrbio.

Finalizando, é preciso muita observação e cautela antes de afirmar que uma criança é hiperativa ou mal educada. Na duvida, é recomendável buscar ajuda profissional.

Fonte: Psicologia na Escola de Viviane Rossi (Psicóloga Clínica Infantil)

          Imagens: Promograf

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